terça-feira, janeiro 29, 2008

Será que o prozac cura?



Só como desabafo, se eu tivesse um desejo para fazer pra Deus, a Ciência ou para o Gênio do Aladdim seria um tipo de implante cibernético ligado diretamente ao meu cérebro e controlado por um microship dentro do meu umbigo que tivesse a função de ligar e desligar um tipo de sentimento.

Eu até abriria mão de entrar nas lojas e bancos com detector de metais só pra ter esse negocinho.

Assim, pouparia muito estresse na vida das pessoas. Eu poderia desligar com um click ou uma palma, ou um estalar do dedão do pé o amor que eu sinto, ou com outro, ligar direcionado à pessoa que eu quiser, podia fazer a mesma coisa com o ódio, desprezo, carinho, paixão. Se alguém tiver desenvolvendo algo parecido, eu topo ser cobaia.

Imagina, poder gostar sempre das pessoas certas, desligar seu ódio por alguém, passar a desprezar outra pessoa que mereça. Seria bacana se controlasse o medo, também. Algumas pessoas precisam de um botãozinho pro medo. Tem tantas pessoas no mundo que merecem um sentimento específico que você simplesmente não consegue demonstrar, ou que não merecem, e ainda assim, você sente.

Será que o prozac resolve essas coisas?

sexta-feira, janeiro 25, 2008

Melhor esporte do mundo!


Atualizando direto do rolê, o melhor esporte do mundo. ;P

terça-feira, janeiro 22, 2008

Heath Ledger


Cheguei em casa hoje lá pras 20hs, depois de um dia de trabalho – e eu posso dizer isso, finalmente, tendo em vista que hoje eu realmente trabalhei – e a primeira coisa que fiz foi ligar o computador. Despretenciosamente, tendo em vista que fiquei na frente de um o dia todo, e não poderia ter nada acontecendo no mundo que eu não estivesse a par.

Fui jantar, e quando voltei, abri o IG. É um ritual pessoal, eu sempre abro primeiro o site do IG, antes de entrar no da UOL, no Lance e na Placar, são os sites de notícia em geral que eu costumo ler. Pois bem, qual não foi a minha surpresa ao ler: “Morre o ator Heath Ledger”.

A primeira reação foi de total descrença. Até parece que um cara com tanta grana, fama e sucesso iria morrer no auge dos seus 28 anos de idade de graça, de bobo. Só podia ser pegadinha da internet, já cansaram de matar gente que tá viva até hoje, tipo o Paul McCartney. Fui verificar as fontes, bati nos outros sites de notícia, procurei no Google, e realmente, de acordo com os meios digitais, Heath Ledger está morto. Suspeita de Overdose de remédios.

Inacreditável.

Heath Ledger não é só mais um ator gringo que morre, ele era um dos ícones de uma geração – não to boa assim, mas ainda assim, uma geração inteira. Um dos melhores atores de 30 anos na praça, sem dúvidas. Só pra citar alguns filmes: “O Patriota” no qual ele faz o filho mais velho do Mel Gibson, chamado Gabriel; “Coração de Cavaleiro”, um dos meus favoritos, onde ele faz o cavaleiro wannabe Ulrich von Lichestein/William Tatcher, que é baseado em um dos melhores livros de cavalaria (e meu favorito) de todos os tempos, escrito por Chaucer; além disso fez “Devorador de Pecados”, “Os Reis de Dogtown”, “Casanova”, “Os Irmãos Grimm” e o premiado “O Segredo de Brokenback Mountain” e o mais recente, e que ainda nem estreou no Brasil, “O Cavaleiro das Trevas”, continuação do novo Batman, em que ele faz o papel do Coringa.

Mas não foi nenhum desses filmes que o transformou em um ícone. Eu costumo mudar de opinião quanto ao meu filme favorito “do momento” muito facilmente, no entanto, existem alguns filmes que encabeçam meu top 10 filmes favoritos de todos os tempos... Já citei alguns deles aqui, “Closer” e “Peixe-Grande”, por exemplo... Outro deles é “10 Coisas Que Eu Odeio Em Você”. “10 Coisas” é a melhor releitura moderna do clássico shakesperiano “A Megera Domada” transformado em comédia romântica adolescente, e o Heath Ledger faz o papel que seria do “Petrucchio”, meu personagem favorito. No filme, ele é protagonista de uma das cenas mais bacanas do cinema, em que, pra ganhar a garota, canta “I Love You Baby” (famosa na voz da Gloria Gaynor) no meio do treino da equipe de futebol, de cima da arquibancada, enquanto a banda do colégio começa a tocar no campo e ele foge dos bedéus, inclusive chutando a bunda de um.

Esse filme é de 99, significando que eu tinha 14 anos. Foi o máximo, na época. Todo mundo no colégio comentava, queria a trilha sonora, cantava a musiquinha... O filme embalou muitos cinemas/videos com namoradinhas. Até hoje eu me emociono com o poema que a Julia Stiles lê para ele, no meio da sala, no final... fazendo um paralelo sensível com a cena que ele também se manifesta em público, mas muito mais feminino.

A morte do Heath Ledger é uma pena, é como se morresse um pouquinho da adolescência de muita gente da minha idade, que também teve excelentes momentos assistindo esse mesmo filme e ainda os lembra com carinho toda vez que pega uma reprise na Globo ou na HBO. Essa é talvez a primeira “grande morte” de atores da nossa geração – atores que nós vimos crescer e se desenolver com sucesso e que de alguma forma marcaram nossas vidas.

Esse post é in memoriam do eterno Casanova.

Deixo o poeminha da Julie Stiles abaixo, traduzido literalmente.

10 Things I Hate About You (10 Coisas Que Eu Odeio Em Você)

I hate the way you talk to me
(Eu odeio a forma que você fala comigo)
And the way you cut your hair
(E a forma que você corta o cabelo)
I hate the way you drive my car
(Eu odeio o jeito que você dirige meu carro)
I hate it when you stare.
(Eu odeio quando você me encara.)

I hate your big dumb combat boots
(Eu odeio suas botas idiotas de combate)
And the way you read my mind
(E a forma como você lê meus pensamentos)
I hate you so much it makes me sick
(Eu te odeio tanto que me deixa doente)
That even makes me rhyme
(Que até me faz rimar.)

I hate the way you're always right
(Eu odeio como você tem sempre razão)
I hate it when you lie
(Eu odeio quando você mente)
I hate it when you make me laugh
(Eu odeio quando você me faz rir)
Even worse when you make me cry
(E ainda mais quando você me faz chorar.)

I hate it when you're not around
(Eu odeio quando você não está perto)
And the fact that you didnt call
(E o fato de você não ter ligado)
But mostly i hate the way i dont hate you
(Mais que tudo eu odeio como eu não te odeio)
Not even close, not even a little bit, not even at all.
(Nem perto, nem um pouco, de forma alguma.)
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Link do vídeo pra quem prefere assistir:
Link da Notícia no UOL:

domingo, janeiro 20, 2008

Enviando Fotos do Celular


Testando a atualização de fotos automática do celular pro pc. Vamo ver se funciona.

quinta-feira, janeiro 10, 2008

Celulares, Email, Msn e... Cartas?

É com um pouco de saudosismo que eu lembro minha época de colégio. Não é por mal, eu nem sou tão velho assim pra falar de saudosismo e tenho consciência disso, mas na minha época de escola ninguém tinha internet, no começo, e depois, muito poucas pessoas tinham acesso. Os provedores eram caros, os pulsos mais ainda e a conexão era 56kb, então as pessoas ainda manifestavam carinho de outras formas que não botando coraçãozinhos no seu orkut, mandando s2 no msn ou cartões virtuais emotivos.

Cara, como eu gostava de receber cartinhas de amor na época do colégio. Letrinhas redondinhas e caprichadas, adesivinhos coloridos e perfume. Normalmente as cartas vinham perfumadas com o cheiro q ue a garota usava, sabe-se lá porque. Ainda não descobri como se perfuma uma carta sem deixar ela toda molhada de perfume... mistérios da vida.

Anyways, eu tenho um probleminha com papéis escritos. Eu os adoro. Não é só questão de cartas de amor, mas como cartas de amigos, bilhetinhos, post-it, cartas de natal, cartões de aniversário, qualquer coisa! Eu guardo com muito carinho – essas são as lembranças que eu vou levar pra minha velhice. O que me deixa meio chateado é ver que as pessoas não tem mais o cuidado de escrever algo bacana uma para as outras, é por isso que eu cobro sempre, ao menos dos meus avós e dos meus pais, que sempre que me derem um presente, coloquem junto uma cartinha.

Esses dias minha mãe, de férias, decidiu bancar a Amélia e fazer a limpa na casa. Ela começou a revirar uns armários que eu nem sabia que existiam e tirou de dentro deles algumas raridades, como álbuns de fotos (e muitas fotos soltas) de quando e meus irmãos éramos pequenos – dos quais eu estou selecionando ao pouco algumas para scannear, inclusive coloquei umas no orkut. Junto com os álbuns ela encontrou as cartas que guardava desde menina. Cartinhas de namorados, cartas dos avós, dos amigos, bilhetes de escolha... já sei de quem tirei a mania. Ela tem um bloco gigante dessas coisas, e eu, tenho um punhadinho. Algumas cartinhas da escola, algumas declarações de amor, cartas dos meus amigos que conheci pela net (antes que pudéssemos nos ver pessoalmente), e cartas de natal/aniversário. Pouquinhas. Não chega nem perto, e eu já tenho 22 anos, o que quer dizer que não devo mais receber muitas cartas (as delas são todas até os 20 anos).

O que me fez pensar o porque disso... e a razão óbvia é que as pessoas não tem mais necessidade (e sequer gostam) de escrever essas coisas, é muito mais fácil mandar um scrap no orkut, um testimonial ou um e-mail. Ou falar “diretamente” pelo messenger, que é mais prático e rápido. Aliás, a coisa mais irritante é você dizer “precisamos conversar algo sério” e a pessoa responder “ok, já vou entrar no messenger”.

A verdade é que e-mail é apenas um grande saco de lixo virtual. Tudo o que você manda pra lá, depois de um tempo, some. Você troca de e-mail, deleta, esquece a senha, e ai, se fodeu. Perdeu tudo o que as pessoas te disseram – as vezes você nem liga, não era importante. Mas esse é o tipo de coisa que você só vai perceber a importância daqui a 40 anos, quando estiver arrumando sua casa e encontrar os pedacinhos de papel cheirosos com adesivinhos e declarações de carinho.

O pior de tudo é perceber que essa comunicação “veloz”, que eu tanto utilizo e prezo, acabou por ajudar a vulgarizar uma série de coisas importantes – e o amor, incluso. Não só o amor entre homem e mulher, mas também o amor fraternal. É muito mais fácil dizer “eu te amo” pro computador, escrever por e-mail, ou mandar por msn (ou sms) junto de um emotezinho tosco. O máximo de impacto que você vai causar é fazer a tela da pessoa tremer com um widgetzinho sem graça. É muito diferente de você falar de verdade, cara a cara, olhando nos olhos, ou de escrever numa cartinha e esconder embaixo da mesa da sua amada, e esperar ansioso pela reação.

Um dia eu escrevi um texto romanticóide chamado “Ode e Elegia ao Amor”, que postei em vários tópicos, virou corrente e o caralho. Nele eu já reclamava da falta que me faz um papel escrito. 3 ou 4 anos depois, nada mudou.

Eu ainda prefiro ter contato direto com o material ao qual eu vou agregar meus sentimentos, seja uma pessoa ou um papel, do que deixar a cargo de qualquer impulso tecnológico. Mas sou só eu. E eu não sou referência pra qualquer pessoa normal.

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PS:

Essa semana é uma semana triste. Eu tenho o mesmo número de celular desde 1999, 81221253, e finalmente me irritei com o serviço prestado pela TIM e o abandonei. Foram 9 anos de carinho, boa parte da minha adolescência e juventude, muitas risadas e muitas lágrimas. Bons e péssimos momentos. Eu sei que tem gente que nem liga pra essas coisas, troca de celular como troca de roupa, mas eu tinha grande apego ao meu número... :/ Se foi.

Então quem ainda quiser falar comigo, sejam amigos de 10 anos ou 1 mês atrás, favor requisitar o número novo por carta. Ou por msn, dá também.

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Dossiê Universo Jovem


30


Dahora.... Sempre achei que eu tinha uma vocação pra matar criancinhas de 5 anos.

Tava pesquisando pro desenvolvimento de uma campanha de uma marca de whiskies aí... O briefing (que como sempre vem muito mal passado, obrigado) pedia que detalhássemos o target de consumo, tendo em vista que a campanha de mídia era um pouco "geral" (homens, 25 a 35, classe AB, etc), beleza... pesquisei, coisa e tal, encontrei um arquivo em pdf que se referia a um estudo de um dossiê sobre o jovem brasileiro desenvolvido por nada mais, nada menos, que a MTV Brasil (que não devia desenvolver nem vinheta de comercial).

Que surpresa não foi a minha ao me dizerem que aquilo livro constava na nossa bibliotequinha particular da sala. Fui ler. Quase morri.

O "Dossiê Universo Jovem 3 - MTV Brasil" é um estudo detalhado, empírico e relativamente bem estruturado, numa linguagem gráfica interessante, que retrata todas as facetas do jovem que, hoje, possui entre 18 e 33 anos. Fala desde a mudança de pensamento dos jovens, da estrutura familiar, até a relação deles com sexo e drogas, usando sempre de estatísticas de pesquisas qualitativas e quantitativas.

Não vou dizer tudo o que o livro fala aqui, mas é um jato de realidade putrefata e nojenta direto na alma de qualquer pessoa sensível às relações sociais e ao estado do mundo. É algo bizarro, eu juro que passei mal. Não é nada revelador, é só uma constatação empírica da merda em que vivemos, de como cada vez mais os jovens do Brasil são escrotos, eu e você inclusos. É bem, bem, bem triste.

Vale a pena dar uma lidinha se você tem interesse nessas coisas. É por isso que esse negócio de matar 30 criancinhas de 5 anos me parece tão bacana, pelomenos pulamos uma geraçãozinha de filhos da puta.