quinta-feira, março 27, 2008

Isso é marketing!



Poisé, tem algumas coisas quem conseguem me tirar do sério ao ponto de me obrigar a escrever um texto sobre, mesmo eu tendo recém atualizado esse blog. Uma delas é gente babaca e falastrona. Quer dizer, você quer ser um babaca (eu sou babaca pra caralho boa parte do tempo), ótimo, mas tenha consciência de que você é só um babaca e pronto. Não seja falastrão e pretensioso, não haja como se sua opinião fosse séria e realmente importante.

Tava lendo um texto de um fulano “André Rodrigues”, colunista do site do SPFW. X pra ele, procurei no google e não achei nada que preste. No texto, o rapaz se propõe a falar da cena “rocker” e zoar a Pitty tomando como base uma comparação com a Amy Winehouse – dizendo, especificamente, que a Pitty era uma Amy-wanabe. Olha só, eu não gosto da Pitty e gosto de Amy Winehouse, mas temos que dar crédito à baianinha, ela é tipo a Ivete Sangalo do pop-rock brasileiro. Dizer que a garota se veste do jeito que se veste pra ser cópia da Amy é sacanagem, quando ela estourou ninguém nem sabia quem era Winehouse.

Mas o que me deixou fodido, na verdade, não foi nem o post, e sim alguns comentários com frases do tipo “blablabla eu sou mal amado blabla é puro marketing”.

Caralho, deixem o marketing em paz!

Sigam meu raciocínio, ok?

Você é escroto pra caralho. Não canta nada, não é bonito, não se veste bem e mesmo assim consegue encontrar algumas ferramentas que ajudam você a se vender – a se identificar com um nicho, conquistá-lo, crescer, expandir, angariar mais fãs, fazer fama, virar moda e ganhar muito – MUITO – dinheiro, certo? ME DIZ, MEU DEUS, ONDE TÁ O PROBLEMA? Se o cara mesmo sendo escroto, não cantando e se vestindo bem consegue através do marketing (que quer dizer “mercadologia” ou o conhecimento do mercado e a criação de marcas) e fazer fortuna, porque você tem que ser desmerecido? Fala sério!

Cada vez que alguém fala “isso é puro marketing”, eu penso em explodir em pedacinhos pequenos o suficiente para entrar pela narina da pessoa e asfixiá-la lentamente.

Acorda pra vida, amigão. Tudo é marketing, até você.

O que é mais engraçado é que as pessoas fazem “marketing” o tempo inteiro, inteiro! E nem percebem. Você passa o dia inteiro no trabalho fazendo marketing, conversando com as pessoas pra fazer um H, deixando seu trabalho aparecer, vendendo seu produto (você mesmo) ou até vendendo o produto de outros (da sua empresa), e ninguém vê nada errado. Você se veste de um jeito específico que acredita que vai agradar além de você mesmo um outro nicho de pessoas, sejam mulheres, sejam homens, sejam seus amigos, seja uma tribo social. Você, na balada, toma atitudes, posicionamentos e usa cantadas escolhidas especialmente para aquela situação porque você, mesmo que intrinsecamente, analisou ambiente e o alvo e percebeu que aquela era a melhor deixa. Isso é Marketing! Tudo marketing!

A vida é marketing, puro e simplesmente. Até que é autêntico tenta vender a idéia de autenticidade. Autenticidade é marketing! Bwahaue. Cara... tem duas coisas que existem em tudo: marketing e design. Essas coisas não se deve foder com, a não ser que seja seu marketing pessoal.

Então, por favor, eu imploro, a todos os filhos da puta burros, não falem “isso é tudo marketing” como se fosse algo pejorativo só porque você é estúpido ao ponto de não conseguir usar o marketing como uma ferramenta pra atingir seus objetivos (ou simplesmente porque você é um panaca sem ambição nenhuma e que não possui objetivos). Respeito é bom, e todo mundo gosta – e por isso, vende bem.


quarta-feira, março 26, 2008

De ponta cabeça?




Espetacular! Percebi esses dias... É real!

Tenta pegar uma fotografia sua e vira ela usando o programinha do Windows (supondo que você use Windows, aliás, ele dá caps no W automaticamente, bizarro). Testei isso com as fotos de gente que tenho aqui em casa, e ainda vi exemplos em alguns orkuts da vida. As pessoas ficam mais bonitas na horizontal ou de ponta cabeça. Mágico. Ou de repente só parece assim porque é um ângulo que agente não vê muito.

Sei lá.

Quem já não se pegou observando alguém deitado ou dormindo, vendo a pessoa de lado ou de trás, e achou uma gracinha?

Acho que fomos feitos pra ficar de ponta cabeça. Se eu ainda tivesse a capacidade de andar sobre meus braços como na época de karatê, experimentaria. Deve ser algo interessante. E além do mais, a Marie-Jane dá o primeiro beijo no Homem-Aranha de ponta cabeça, deve significar alguma coisa.

Stan Lee não brinca com coisas sérias.

sábado, março 22, 2008

Qual a Medida da Intensidade?




Ás vezes eu acredito que a maioria das coisas é regida pela intensidade que você aplica ao ato.

O resultado de tudo depende de uma fórmula que envolve intensidade com quem você deseja aquela coisa e a intensidade da força aplicada para consegui-la e retê-la. Quer dizer, ás vezes é mais difícil você manter algo ao qual você deseja ou desejou do que simplesmente consegui-lo – ou tomá-lo para si. Com um pouco mais de intensidade, ou um pouco menos, você acaba deixando as coisas escaparem por entre seus dedos.

É assim pra todas as coisas. Tanta gente que desejou muito ser famosa e conseguiu acabou deixando a fama escapar por vivê-la de mais, no limite, intensamente... ou vivê-la de menos, recluso e isolado, deixando a mística morrer. Nas relações humanas, eu acredito, é a mesma coisa. Hoje eu compreendo mais do que nunca que é necessário encontrar um balanço entre dedicação e descaso – embora não tenha encontrado esse balanço ainda, na maioria das minhas relações. Volta ou outra esse assunto volta à minha pauta – uma dedicação exagerada àquilo que eu, inseguro, acho que não possuo e o descaso com o que tenho a certeza burra de que vou ter para sempre. O que não quer dizer que eu goste mais, ou menos, por isso.

Uns bons quatro anos atrás eu tive uma crise séria por causa disso. Me via dedicando muito tempo a pessoas que eu sabia que não valorizavam a dedicação, e negligenciava os amigos de verdade. No final, em um momento complicado, fui procurar no celular alguém que pudesse recorrer de verdade em um momento de aflição, por curiosidade, e percebi que não podia contar com ninguém – a não ser eu mesmo. As pessoas que eu cuidava com intensidade não eram importantes o suficiente pra que eu tivesse tranqüilidade para me abrir, e as pessoas que conseguiriam me entender eu havia posto de lado, e não tinha coragem para falar.

Não acho que eu cometa o mesmo erro hoje em dia. Eu tenho certeza que me dedico o suficiente ou demais às pessoas que realmente valem à pena, e não tenho nada mais do que um contato político com as que eu acho que não valem. Ainda assim, ás vezes acho que continuo pecando pelo excesso em alguns casos e negligenciando outros que, por algumas experiências recentes, percebo que mereceriam um pouco mais de mim.

Parece que me falta justamente o feeling do balanço entre uma coisa e outra, como o momento certo de soltar o pedal de embreagem. Eu credito isso, em partes, à natureza humana da qual não poderei nunca abdicar, e em partes ao meu desequilíbrio pessoal – minha insegurança, meus medos, minha preguiça, meu orgulho, minha sensibilidade e principalmente ao fato de que embora eu tente o tempo inteiro racionalizar as atitudes minhas e do mundo, eu sou uma criatura passional.

Ainda assim, se de tudo que vivi tento tirar uma lição, a que aprendi a 4 anos atrás foi a que é melhor pecar por dedicar-se com mais intensidade às pessoas que eu realmente gosto e que gostam de mim – mesmo negligenciado sem querer algumas outras pessoas. Engraçado, revejo amigos ultimamente que me conhecem á muito tempo e as opiniões se dividem – ou eu mudei muito, ou eu não mudei nada.

Eu acho que mudei o suficiente – aqui, ao menos, encontrei um balanço. Coloquei algumas máscaras, removi algumas outras, aprendi a gostar de gostar das coisas e me interessar por elas, aprendi a dizer verdadeiramente “eu te amo” e a não ligar para o que boa parte das outras pessoas dizem, e com a intensidade certa, acredito que aprendi a viver um pouquinho mais. De uma coisa, ao menos, eu tenho certeza - todos os que eu amo, independente da intensidade, eu amo de verdade.


E acho que a gripe me derrubou mesmo ;P

terça-feira, março 18, 2008

Sol gelado, chuva que não molha e uma trilha sonora pra completar...



Essa não é lá uma atualização excepcional, mas de todas as coisas que eu poderia falar, a que me motiva mais nesse momento é o quanto esse clima de hoje, em São Paulo, me agride.

Eu não gosto de chuva, mas eu prefiro um chuvisco à esse calor. Não é que não goste de sol, gosto, até chego a admirar um pouco sua posição como astro rei e deus único de diversas religiões, mas não gosto do calor. Quer dizer, até aceito um calorzinho nos fins de semana, quando você viajar pro sítio ou vai pra praia. Até mesmo para você ficar tostando na piscina ele serve. Mas ao meio dia de um dia de semana em que a semana anterior inteira fez frio e chuva, não dá.

O pior é que o calor te chama a atenção para outras coisas. Quando tá chovendo você se preocupa em não se molhar, em não ser alvo de um jato de espirro d’água do ônibus ou até mesmo no som da chuva – aliás, o som da chuva é a melhor coisa da chuva em si, toda aquela sensação de refrescância é 75% por causa do barulho. Enfim, quando ta calor, você não tem no que prestar atenção, daí repara nos fios de eletricidade, nas ruas sujas, na poluição visual que o prefeito teima em achar que acaba quando sumirem todos os meios de mídia publicitária do universo (o que é mentira – publicidade pode ser arte, e o problema de São Paulo é muito mais seus postes, paredes pichadas e sinalizações ridículas do que um outdoor), entre 200 mil outras coisas que você adoraria eliminar do seu dia.

E não suficiente, o que me irrita mais é o barulho do trânsito. Quando ta chovendo, tem o som das gotas d’água e você normalmente até se refugia embaixo de algum toldinho e dedica mais tempo à conversar esperando a chuva passar – a voz das pessoas é, com certeza, mais agradável que o barulho de um ônibus capenga desses que passam por aqui (fora que o calor dá preguiça até de falar). Além do mais, na chuva, você se esconde dentro do carro, e no carro, tem rádio, e na rádio, tem Nova Brasil FM, daí dá pra relaxar – fora os vidros que dificultam a entrada do barulho. Agora tenta se distrair com um iPod na mão enquanto caminha por ai e veja no que dá.

Voltei do almoço agora, meio irritado. Só nesse percurso de uma quadra fui alvo de uma dezena de estímulos pouco agradáveis que a uma semana eu já até havia esquecido que existiam. E eu nem falei da poluição em si, que deixa você com dor de cabeça só de respirar.

Podiam inventar um solzinho frio, uma chuva que não molhasse e uma trilha sonora metropolitana. É pedir muito?

quarta-feira, março 12, 2008

Sociedade Esportiva Palmeiras.


Isso é amor. Sem mais.

sábado, março 08, 2008

Dia das Mulheres

Eu tenho que atualizar isso aqui, mas como anda tudo meio corrido no trabalho (amanhã, domingo, estarei no escritório, por exemplo) eu não tenho tido o tempo que gostaria, porém, às vezes acho que esse intervalinho de 4 ou 5 dias entre um post e outro é bem saudável pra quem não tem pretensão de virar uma web-celebrity tão cedo. Ele é bom também para captar algumas idéias, engraçado... outro dia tava pensando em fazer um comentário sobre o volume crescente de mulheres cantoras na nova MPB (Ana Cañas, CéU, Mariana Aydar, Roberta Sá, etc), seguindo na linha da Vanessa da Mata, até gravei um cdzinho com as melhores e talz... Mas não escrevi. E hoje, é dia da mulher, logo, posso me dar ao luxo de fazer esse comentário sem precisar escrever um post inteiro sobre isso.

Eu tenho a convicção plena de que esse século vai culminar no domínio feminino do mundo. Desenvolveram até mesmo uma forma de produzir um feto a partir das células de duas parceiras mulheres, ou seja, a mulher está chegando bem próximo de tornar-se auto-suficiente até mesmo na reprodução da espécie, e quando isso acontecer, o que será de nós pobres homens?

Mas enfim, como um apaixonado admirador do sexo feminino, dou parabéns pelo dia de hoje a todas as mulheres. Eu já fiz todo o tipo de post sobre esse dia e sobre esse tema, postagens filosóficas, eróticas ou poéticas, não importa. Hoje, vou fazer uma homenagem imagética às mulheres, colocando aqui algumas que são pequenos poemas em carne viva, saindo direto do cinema, meu hobbie favorito ;P.

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A Beleza Eterna - Rita Hayworth, eterna Gilda, uma das mulheres mais belas de todos os tempos.

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A loira - Elisha Cuthbert, filha do Jack Bauer.

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A morena - Jennifer Connely de Réquiem Para um Sonho, Água Negra, Diamantes de Sangue, etc.

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A ruiva – Brooke Shields, a lolita de Lagoa Azul e já mais madura, de Suddenly Susan.

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A brasileira – Mariana Ximenes, uma das melhores e mais belas atrizes nacionais.

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O amor da minha vida – por fim, a mulher mais perfeita do universo, o amor da minha vida, Scarlet Johanson ;PP, procurei por uma imagem boa dela no filme em que primeiro reparei nela, Encontros e Desencontros.

terça-feira, março 04, 2008

Paris, je t'aime.



Eu não gosto quando isso aqui começa a parecer um blog de cinema, mas não consigo evitar esse post. Acabo de me apaixonar por um filme que venho namorando a algum tempo. Paris, je t’aime é uma obra que eu tento assistir desde quando foi lançada no festival de cinema e não havia conseguido até esse fim de semana – valeu a expectativa. É o melhor filme de curta-metragens que já assisti depois de “Coffee and Cigarettes” do Jim Jamursch.

O filme tinha tudo pra ser extremamente boring, com a temática batida sobre a cidade do amor, mas ele não é. São 18 filmes por 20 diretores diferentes e eu quero e vou falar por cima sobre todos, porque realmente são legais. E haverão spoilers.

Cada um dos filmes conta uma história em um dos distritos de Paris, começando por: Montmartre, o distrito mais famoso – a direção é de Bruno Podalydès, diretor independente francês. O curta mostra um homem tentando encontrar uma vaga para estacionar o carro em uma rua muito movimentada, com muita impaciência, que temperada com alguns gestos de carinho refletem a personalidade de muitas das figuras de uma metrópole como Paris, ou São Paulo. O segundo curta, Quais de Seine é do diretor Gurinder Chadha, diretor de Bollywood, e é um dos mais bobinhos, só é ligeiramente engrçadinho – fala da relação entre um jovem parisiense pseudo-virgem com uma mussulmana.

O terceiro filme já é de um diretor famoso, Gus Van Sant de Elephant e Finding Forrester, e fala de alguns problemas de comunicação entre um americano que não fala francês, e um francês moderinho no distrito de Le Marais, o mais gay de Paris. O quarto curta já é o melhor de todos, dos irmãos Ethan e Joel Coen, com o Steve Buscemi no elenco, Tulleries mostra um turista americano no metrô de Paris dividindo sua atenção entre um livrinho de conduta e um casal jovem se pegando do outro lado do trem, quando de repente, o homem do casal se sente incomodado e decide tirar satisfação, excelente curta com as características plenas do humor negro dos Coen.

O quinto filme é mostra já um pouco de nostalgia, dos brasileiros Walter Salles e Daniela Thomas, Loin du 16e é sobre uma hispânica que tem de deixar o filho na créche e pegar muitos trens para cuidar do filho dos outros. O sexto é o mais sem noção, de Christopher Doyle, diretor de fotografia de filmes excelentes como 2046, Dama na Água e Paranoid Park, leva o nome de Porte de Choisy e se passa num bairro oriental. Um homem está vendendo produtos de beleza, mas é atacado por uma dona de salão lutadora de Muay Thai, que o prende (num templo budista com uma pista de boliche) mas depois se arrepende, porque o livro de produtos dele tem fotos de penteados de famosas americas – ela pede pra que ele corte os cabelos das clientes daquele jeito, ele não é cabelereiro, mas aceita, e fica famosíssimo por um dia inteiro, quando tem de se despedir do mesmo jeito que chegou, deixando a oriental bonitona com um cabelo excepcional. Vai entender.

O sétimo curta é um dos melhores, da Isabel Coixet (Minha Vida Sem Mim e A Vida Secreta das Palavras), chama-se Bastille. A diferença começa no estilo da narrativa – um narrador conta a história de um homem que está prestes a deixar a mulher, fala dos problemas conjugais, mas hora que ele vai pedir o divórcio ela mostra que está com leucemia e vai morrer em breve, ele então, decide ser um bom marido e ficar com ela até o último momento, mas, “de tanto esforçar-se para parecer apaixonado, ele acaba se apaixonando novamente”, conforme diz o narrador. O oitavo, de Nobushiro Suwa, que eu particularmente não conheço, trás no elenco Williem Dafoe e Juliet Binoche, chama-se Place de Victoires e mostra a trajetória de uma mãe francesa tentando superar a morte do filho fascinado por cowboys americanos.

O nono, de Sylvain Chomet também é um dos mais malucos, porém, um dos mais divertido. Chamado Torre Eiffel, é a história de um garoto contando como seus pais se conheceram – na prisão. Detalhe, os pais são dois mímicos. É engraçadíssimo. O décimo é do famoso Alfonso Cuarón (E Sua Mãe Também, Harry Potter e um dos meus favoritos, Filhos da Esperança) e não possui cortes por quase 4 minutos. Com Nick Nolte no elenco, Parc Monceau mostra a caminhada dele e de uma mulher no que parece uma conversa entre amantes com referências ao marido da mulher, mas acaba sendo somente pai e filha, discutindo sobre o neto. Bacaninha, embora tenha sido visivelmente re-dublado por cima.

O décimo primeiro, de Olyvier Assayas, que eu nunca ouvi falar mas o imdb me diz que ele foi o escrito de Filha da Mãe com o Wilker, chama-se Quartier des Enfants Rouges e tem a Maggie Gyllenhaal (irmão do cowboy viado que ainda vive) e fala sobre uma atriz de hollywood junkie pedindo drug delivery e rolando um clima com o motoboy. O décimo segundo, Place des Fêtes de Oliver Schmitz, que também não conheço, é o único sobre os negros parisienses e mostra, literalmente, que o amor mata – mesmo que sem querer.

Décimo terceiro é o interessante Pigalle, com o Bob Hoskins e dirigido por Richard LaGravenese, o diretor de P.S. Eu Te Amo. Mostra um casal já depois dos cinquenta fazendo de tudo pra manter o casamento de pé – inclusive brincando de interpretar papéis. O décimo quarto é o mais diferente de todos, Vicenzo Natali é o diretor, e o vídeo chama Quartier de la Madeleine, é um filme bem noir com o Frodo e música de suspense, muito sangue bem vermelho e uma vampira gata flutuando.

Décimo quinto, Père-Lachaise, de Wes Craven (Pânico e Red Eye), tem no elenco o Rufus Sewell (eterno vilão), a Emily Mortner e o Alexander Payne fazendo o Oscar Wylde (ele dirige um também), que dá dicas românticas para o Rufus, um cara sem senso de humor algum, não deixar a Emily ir embora em busca de novas aventuras. O Décimo sexto é de um dos meus diretores favoritos, Tom Tykwer de Corra Lola, Corra e tem a Natalie Portman no elenco, fazendo uma personagem chamada Francine (had to mention). É também um dos melhores. Começa com um telefone tocando e um garoto cego atendendo, e ela faz um discurso típico de quem vai terminar um namoro e se matar. Então, pela cabeça do cara, em velocidade alucinante e numa linguagem típica do Tykwer, passam todas as lembranças de como eles se conheceram e de como o cara ama a mina, você descobre que ela é uma atriz wannabe, e no final, ela só estava ensaiando um texto – mas ele achou que era verdade.

O décimo sétimo, de Fréderic Auburtin e Gérard Depardieu, com o mesmo atuando, fala sobre um casal idoso, que namora jovens, pedindo o divórcio. O destaque fica para o humor ácido. E finalmente o último e mais chado, do Alexander Payne (Sideways), fala de uma texana solitária em sua viagem para Paris, uma cidade ao mesmo tempo triste e feliz.

É isso, agora vejam o filme. Não liguem pros spoilers.