quarta-feira, outubro 17, 2007

Será que vai chover?

Falar sobre o clima é, normalmente, coisa de quem não tem assunto melhor. Porém, seria estranho não comentar os momentos de loucura climática que São Paulo vive nas últimas semanas. Primeiro, faz-se um calor desgramado. O ar fica seco, e consequentemente seus olhos ficam secos, e seus lábios ficam secos, e você tem dificuldade para respirar. As coisas ficam abafadas, e é tão mais difícil de se fazer as coisas. O calor é foda.

Então, do nada, faz uma friaca do diabo. Tudo gelado. Claro que a secura não passa, você só fica com bem mais frio do que antes, à beira de um choque térmico. Então o cara que manda lá em cima decide que você tem direito a uma garoinha gelada e um vento frio. No final, qualquer coisa que não seja indiferença tá valendo. As coisas ameaçam melhorar. A temperatura, pelo menos, estabiliza. E com a garoinha a umidade no ar aumenta um pouco e você já consegue respirar. Fica até bom por um tempinho.

Daí o cara fala “Hah, vou te sacanear”. O calor começa a aumentar, aumentar, aumentar... e ai você não quer sair de baixo do ar condicionado pra mais nada. Então, chove. Não é uma chuvarada, mas também não é uma garoa, é uma chuva diferente, espessa, consistente, firme. Você consegue sentir a pressão das gotas tocando a pele do seu rosto, e consegue observar a dificuldade com que elas se desprendem do ar ao se chocar com o vidro dos carros, quase em câmera lenta, quase uma por vez. É uma chuva que, praticamente, não molha. Não interfere em nada, a não ser na umidade do ar.

No dia seguinte, faz frio. E, lógico, se seu sistema imunológico for forte e batalhador como o meu você vai ficar gripado.

E quando você chora, o mundo chora com você.

2 comentários:

Anônimo disse...

Esse tal cara que manda lá em cima é confuso pra caramba (e um pouquinho cretino também), ninguém nunca sabe o que vai acontecer, nem ele mesmo.
Mas também, imagino que seja uma tremenda de uma responsabilidade definir o tempo de alguém.
O jeito é estar preparado pra tudo. E reunir todas as forças caso faça muito calor ou muito frio. Se bem que uma brisinha sempre acaba batendo. E sempre se pode procurar um bom cobertor.

Mariana Cesar disse...

é como eu falei para o meu primo no sábado:

- na minha mochila sempre tem um casacão e um biquine. só assim para manter o equilíbrio nessa cidade!

(depois de caminhar horrores no ibirapuera, que foi depois de caminhar da V. Mariana até a V. Olimpia, em um sol de 37 graus Celsius)