segunda-feira, abril 20, 2009

Mini-Série - Teaser, capítulo 5

A mini-série do meu TCC ainda não tem nome. Qualquer sugestão é bem vinda. Segue um teaser do 5o episódio.


Episódio 5: Júlia

Júlia retocava a maquiagem no banheiro quando Thomaz se aproximou. Ela o mirou por sobre os ombros e sorriu, mordiscando o lábio inferior. Ele a abraçou por trás, colando o corpo junto ao dela.

- Hmm... o que você trouxe pra mim, einh? – Ela murmurou em um tom sensual. Olhando-o pelo espelho em sua frente. O coreano sorriu com o canto dos lábios e se afastou um pouco da belíssima mulher à sua frente. Colocando as mãos no bolso, retirou um pequeno envelope de plástico, transparente, contendo um pó branco.

Ela sorriu e bateu palmas, mordiscando o lábio.

- Gostou, não é? Hahaha... Maaaaasss... você ainda está me devendo da última vez, lembra? E eu não gosto muito de vender fiado. Acho que você vai ter que me pagar, primeiro...

Ela jogou o cabelo por cima dos ombros e se aproximou novamente de Thom, empurrou-o um pouco para trás e encostou-o na parede. Uma das mãos dela percorreu o peito dele, descendo por sua barriga, até o cós de seu short, apalpando-o gentilmente.

- Hmmm... olha só... Que tal se eu te pagasse, em dobro, e com juros? Você não vai se arrepender, você sabe... Mas primeiro...

Com a outra mão, Julia tomou o envelopinho de pó branco da mão dele habilmente. Afastou-se novamente e deu uma piscadela, abrindo o saquinho e depositando o pó sobre a pia.

O coreano se aproximou novamente, colando o corpo no dela, deslizando uma das mãos pela cintura da loira, a outra buscando uma carteira no seu próprio bolso traseiro. Colocou-a por sobre a pia e a abriu, tirando um cartão de dentro e estendendo para a mulher. A mão que acariciava a cintura de Julia agora cobria um de seus seios, por sobre a blusa.

- Tó. Divirta-se.

Ela riu baixo, pegou o cartão e passou a modelar o pó, formando várias linhas grossas próximas uma a outra. – Você também, querido. Divirta-se. – a voz dela soava excitantemente vulgar, Thom apertou mais forte o seio dela por sobre a roupa e ela gemeu baixo. Buscou com as mãos na carteira dele uma nota de 10 reais, enrolando-a e formando um pequeno canudo.

O coreano colocou uma das mãos por baixo da saia de Julia. Ela gemeu novamente e inclinou o corpo por sobre o balcão, segurando o canudo com as mãos, puxou forte todo a primeira linha de pó que havia feito, tragando-a. Thomaz aproveitou a posição da mulher, inclinada sobre a pia, e com agilidade removeu a calcinha dela até a altura do joelho. Ela olhou para trás, os olhos brilhando e um sorriso cretino no rosto.

Ele soltou o botão do short e deixou-o escorrer perna abaixo. Ela mordeu o lábio e voltou a cheirar outra linha de pó branco.

Não muito depois os dois corpos começaram a movimentar-se sexualmente, de forma pouco coordenada e interrompidos hora ou outra por Julia cheirando mais cocaína. O som dos gemidos dela abafou o barulho dos passos apressados de Milla pela escada, e quando ela escancarou a porta, provavelmente com vontade de utilizar o banheiro, surpreendeu os dois tanto quanto a ela mesma.

- Que merda é essa!? JULIA! THOMAZ!

Ela estava espantada. Mas não tanto quanto Julia, que automaticamente empurrou Thomaz para longe, colocou a calcinha de volta, pegou sua bolsa e saiu trotando de dentro do banheiro, escada abaixo. Thomaz parecia sem reação. Milla sentiu um ódio que não conhecia crescer dentro de si, encarando Thomaz nos olhos. Ele percebia, e parecia ter espasmos esporádicos de tremedeira nas mãos.

- É... olha só, Milla... não... não é o que você ta pensando, cara... São negócios. Sei lá... meu... Seu irmão, não conta pro seu irmão. Olha só, eu ficaria em débito pra sempre com você... de repente, eu posso até te dar umas coisas, sabe? Meu... que merda...

Milla escutou estática todas as palavras de Thomaz, segurando-se para não gritar alucinadamente.

- Sai daqui, Thomaz. É melhor. Você é um babaca, mas a culpa não é sua, você é homem e idiota como quase todos eles. Mas quando eu contar pro Lucca, você sabe o que ele vai fazer. Ele vai acabar com você.

Dizendo isso, voltou caminhando com passos duros e firmes para a escada. Júlia estava lá embaixo, caminhando para a cozinha. Antes que pudesse chegar, Milla a interceptou, puxando-a pelo braço. As duas se encararam. Milla e seu ódio, Júlia e seu espanto.

- Vaca! Como você pode?

Julia não sabia o que dizer. O lábio inferior tremeu, e os olhos vermelhos pareciam prestes a chorar – uma grande atriz, talvez?

- Como você pode trair um cara como o meu irmão, com aquilo lá? Um drogadinho idiota. Você é uma vaca! – Milla falava alto e gesticulava agressivamente.

- Vaca? Olha só, Milla... não é todo mundo que tem essa sua vidinha perfeita, ta? Namoradinho perfeito, irmãozinho perfeito, familhazinha perfeita...

- O que? HAHAHA. Não seja ainda mais estúpida em achar que seus problemas te dão direito de sacanear com o meu irmão. Eu vou contar pra ele, sua vadia! E é bom você sair daqui... porque eu não sei o que sou capaz de fazer com você...

Milla parecia pronta para partir para cima de Júlia quando um rapaz de cabelos negros, pouco maior do que ela, a puxou pelo braço e a levou forçadamente para a cozinha. Julia ficou aliviada pela interferência de Artie.

Thom desceu as escadas e encontrou Julia ainda ali. Ele olhou seriamente para ela, e Julia o olhou de volta. A voz dele soou estranhamente sóbria:

- Precisamos pensar em algo. Se ela contar para o Lucca...

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